Embora no Brasil, a maioria das cerimônias de casamento ainda sigam uma cartilha padrão, cada vez mais pessoas têm optado por novos formatos para a tão esperada hora do sim. Seja por motivos religiosos ou pelo fato de querer algo mais leve, todos têm algo em comum: querem uma cerimônia de casamento que fique marcada como algo bom na memórias de todos os convidados!
Um novo jeito de celebrar o ritual suscita um novo ponto polêmico, que recai sobre os celebrantes: até que ponto a descontração é de bom tom para o casamento? Um celebrante pode ser engraçado? O que pode ser considerado um excesso? Para responder essas e outras perguntas, conversamos com dois experientes profissionais e trouxemos aqui, para este post. Não perca! Qual o limite entre descontraído e engraçado em excesso?
Bom-senso, sempre!
Como tudo na vida e, principalmente nos momentos mais especiais da vida, uma boa dose de noção nunca é demais! Hoje, é super normal querer um casamento mais diferente e descontraído, mas as brincadeiras precisam ser feitas no momento certo e seguirem o que foi combinado com os noivos, como defende o celebrante Paulo Ramos:
“Acho que não é a função de um celebrante ser engraçado, mas sim simpático e ter bom senso para usar as palavras certas no momento certo, deixando a cerimônia mais descontraída. Um celebrante está conduzindo uma cerimônia de casamento e não se apresentando em um show de stand up comedy“, opina Paulo.
Para Ilana Reznik, da Casamento Colorido, exageros também não são bem vindos, e saber equilibrar bem é a chave para um casamento inesquecível:
“A leveza vem do equilíbrio entre enxugar uma lágrima de alergia, mantendo um sorriso gostoso no rosto. Cerimônias com esses ingredientes são aquelas que os noivos e os seus convidados vão se lembrar pelo resto da vida!“, diz a profissional.
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Histórias de amor: amamos!
Um casal que sobe ao altar geralmente tem muita história para contar. E por que não falar dos momentos mais marcantes durante a cerimônia? Para Ilana, é justamente o fascínio do ser humano pelas histórias que fez aumentar a busca por cerimônias mais personalizadas, que tragam pro altar a vivência e a identidade do casal.
“Uma história bem contada envolve, contagia, agrega. Mas além de um bom enredo, há outros recursos que o narrador, no caso, o celebrante, precisa ter: uma voz agradável, uma dicção clara, e a dose perfeita de emoção e humor“, esclarece a celebrante.
Paulo aponta também que além de este estilo ser o preferido por casais que preferem uma cerimônia descontraída, ele também costuma ser o pedido de casais que desejam deixar este momento mais leve porque passaram ou estão passando por momentos difíceis, como a perda recente de um ente querido ou familiares doentes.
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Cuidados de um celebrante
Como falamos no início, todo celebrante precisa ter o cuidado para não “bancar” o engraçado, já que ele não é comediante. Frases prontas e decoradas também devem ser evitadas: “Sem naturalidade não terá a mínima graça!“, afirma Paulo, que antes do casamento conversa com os noivos para extrair informações que deixem a cerimônia mais divertida.
O principal, para ele, é avaliar com muito cuidado o que será dito para evitar que se crie uma situação muito constrangedora para os noivos. Ilana também procura alinhar não só o conteúdo da cerimônia, mas também o tom do texto com a essência do casal.
“Se o casal é bem humorado, o humor naturalmente aparece. Só que nesse caminho do humor, o celebrante não pode perder de vista a ideia de que o foco da cerimônia são os noivos. Então, a piada pela piada não vale, pois fica parecendo que o celebrante quer roubar a cena!“, aponta ela.
Para ela, a piada vale a pena se vier, por exemplo, de um momento divertido, inusitado ou curioso da própria história do casal. Assim, os convidados provavelmente vão identificar os noivos ali, lembrar do episódio e todo mundo vai rir junto.
Naturalidade é a chave!
Em resumo, o que todo bom celebrante precisa fazer é conhecer a fundo a história, os gostos, o jeito do casal. Dessa maneira, o profissional pode sentir o que é bacana de contar na cerimônia e o que deve ficar de fora. “Quando o celebrante se dedica a conhecer bem os noivos, o discurso fica tão verdadeiro, que o humor acaba ficando natural”, explica Ilana.
Como exemplo de casamento neste estilo, ela citou o de um casal que está junto há dez anos, desde a escola. Como eles adoram séries, ela fez um paralelo entre a história deles e a história de How I Met your Mother, narrando os dez anos do casal, como se fossem dez temporadas, com inúmeros episódios.
“O humor foi um super recurso! Passeamos por essa década de histórias de um jeito super divertido… Tinha horas que o casal gargalhava! Escolhi esse caminho porque sabia que era a cara desse casal: duas pessoas super jovens, descontraídas e cheias de amigos. Foi um momento super leve, o tempo passou e a gente nem sentiu“, conta a celebrante.
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